A delegacia de polícia de Volta Redonda registrou um caso inédito na cidade: três menores moradores do bairro Santa Cruz foram apontados como responsáveis por atirarem na direção de duas crianças, de 5 e 6 anos de idade, um artefato explosivo que mistura leite e cloro. O artefato é conhecido como “bomba real”. A denúncia foi feita pela mãe de uma das crianças, contando que o filho dela e o coleguinha não se feriram porque ela os puxou a tempo.

O fato ocorreu na Rua Santa Catarina, no final da tarde da segunda-feira. A promotora de vendas Paola Cristina do Nascimento Oliveira Veloso, de 31 anos, disse que, pouco antes, os mesmos menores jogaram o explosivo contra a parede de uma residência. Ela entregou o recipiente de plástico contendo a mistura, que será analisado por peritos do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), e informou o nome dos autores, que deverão ser chamados pela delegacia juntamente com os responsáveis.

A bomba real, também conhecida como “bomba de cloro”, é feita a partir da mistura do produto ao leite, num recipiente (geralmente garrafas pet) que é vedado. A partir daí, ocorre uma dilatação volumétrica no recipiente. Este, ao ser repentinamente rompido, libera uma quantidade significativa de energia.

Embora não seja considerada destrutiva, a bomba real pode causar ferimentos, como queimaduras e cortes, além de intoxicação devido ao gás formado na reação.