O furto de cabos de energia custa caro às cidades. Em Volta Redonda, entre janeiro de 2021 e junho de 2024, apenas o Departamento de Elétrica da prefeitura estima em R$ 2,5 milhões os gastos provocados por este tipo de delito. O valor, levantado a partir de uma solicitação do FOCO REGIONAL, inclui material, equipamentos e mão de obra.

Os ladrões, é claro, agem preferencialmente em locais onde há mais fios instalados, que são cortados e vendidos a receptadores para a retirada geralmente de cobre. Só no viaduto da Radial Leste, foram registrados 11 furtos. Mas também ocorreram outros em diversos locais, como a Praça Japão, nos fundos da Igreja Santa Cecília; no Viaduto Nelson Gonçalves, no Santo Agostinho; Viaduto Heitor Leite Franco, que liga a Ponte Alta ao Belmonte, e quadras de esporte, como as da Água Limpa e Dom Bosco, entre outros pontos.

Nos últimos dias, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), em conjunto com outras forças de segurança na cidade, vem apertando o cerco contra os ladrões. Somente nesta semana, seis suspeitos (entre eles uma mulher) foram detidos. O caso mais recente aconteceu na noite de quinta-feira (5) quando dois homens, de 30 e 41 anos, foram flagrados furtando fios de cobre em um poste no Aero Clube.

Eles foram flagrados por policiais militares após uma denúncia. Já tinham retirado uma grande quantidade de fios que estavam sendo colocados num saco. Segundo a Semop, os dois alegaram que seriam eletricistas de uma obra e que teriam ganhado os fios do patrão, mas disseram não saber o nome, nem o contato ou sequer onde ficaria a tal obra.

“Essas pessoas estão saqueando a cidade e temos intensificado as fiscalizações, contando com o apoio das polícias Civil e Militar, e da população. É um crime que causa um prejuízo financeiro grande, mas um prejuízo social maior ainda. Um furto de cabo deixa um bairro inteiro sem luz, inviabiliza o tratamento de saúde de pessoas acamadas, coloca em risco a segurança das vias. Por isso estamos fechando o cerco e pedindo o apoio dos moradores: denunciem”, pediu o secretário municipal de Ordem Pública, coronel Luiz Henrique Monteiro Barbosa.

O FOCO REGIONAL pediu também um levantamento da prefeitura sobre os prejuízos também com atos de pouco vandalismo, que danificam equipamentos públicos, mas o levantamento não havia sido obtido até o momento desta publicação. (Foto: Divulgação / Semop)