Estado
Endereços de traficante são alvos de operação no RJ
‘Resort' do criminoso está sendo demolido
11/03/2025 10:22:49As polícias Civil e Militar fazem, nesta terça-feira (11), uma operação no Complexo de Israel, no Rio, para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o “Peixão”, um dos chefes do Terceiro Comando Puro (TCP). Um dos objetivos é demolir um "resort" de luxo do bandido, construído irregularmente em área de preservação ambiental, com destruição de vegetação nativa e alteração de um curso d’água.
"(Estamos) Destruindo esse símbolo de poder que ele ostenta na comunidade onde atua. Isso não pode ser um símbolo de ostentação do crime organizado. Vamos jogar tudo abaixo. Terrorista tem que ser tratado como terrorista", afirmou o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, ao Bom Dia Rio, da TV Globo.
Outro alvo dos agentes é uma academia de musculação usada como um dos pontos de encontro da facção. Os aparelhos de ginástica do local estão sendo transportados pelos agentes até a Cidade da Polícia, no Jacarezinho. Graças a uma autorização judicial, eles serão usados por policiais.
"A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) solicitou e o juiz deferiu a busca e apreensão. E esse equipamento o juiz deu o perdimento em favor da Polícia Civil. Agora vamos colocar esse equipamento, de ponta, na Cidade da Polícia à disposição dos policiais", disse Curi.
Segundo a investigação da DRE, os locais alvos da ação foram construídos e são utilizados por “Peixão” para atividades criminosas, incluindo armazenamento de armas e drogas. Um dos endereços, em Parada de Lucas, é de um imóvel de alto padrão, usado como esconderijo e base operacional do bandido.
A operação, de acordo com a polícia, visa ainda a coletar provas que fortaleçam apurações sobre a associação criminosa, bem como apreender materiais ilícitos, incluindo armas, equipamentos eletrônicos e documentos que possam contribuir para desvendar crimes praticados na região.
De acordo com o delegado Moysés Santana, titular da DRE, tudo indica que houve um grande investimento de dinheiro do tráfico na construção do "resort". "Inicialmente, ele (Peixão) tentou dar um aspecto de legalidade, inclusive botou aqui antes uma placa de projeto social, com nomes de parlamentares. Os parlamentares foram ouvidos no curso do inquérito e negaram qualquer participação nesse espaço. Logo após ele mudou o nome para Resort Green (verde, em inglês) para tentar dar uma nova cara de legalidade", afirmou o delegado à TV Globo. A reportagem é do Extra. (Foto: Reprodução / TV Globo)