Após constantes declarações à imprensa que não vai aceitar o reajuste da passagem para R$ 3,60, conforme solicitado pelo Consórcio Barra Mansa – empresa responsável pela concessão do transporte urbano no município – por meio do Sindpass (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros), a prefeitura de Barra Mansa declarou, oficialmente, que não vai permitir o reajuste no mesmo valor, apresentando a contraproposta de R$ 3,40. No entanto, de acordo com o presidente do Sindpass, Paulo Afonso Arantes, o valor proposto não cobre os custos do transporte urbano.

“Informamos todos os nossos custos. Tivemos queda na quantidade de passageiros, aumento na gratuidade, cinco aumentos consecutivos do diesel desde 2013, além de investimentos consideráveis no município, como o micro-ônibus circular com ar condicionado e a implantação do Bilhete Único”, afirmou Paulo Afonso, ressaltando que o valor proposto pela prefeitura pode prejudicar o desenvolvimento da empresa. “Isso impacta diretamente nos investimentos. Há uma série de exigências a cumprir e esse valor não atende”, acrescentou o presidente do Sindpass.

No documento protocolado na prefeitura o sindicato explica os motivos do reajuste tarifário, que acontece anualmente, de acordo com cláusulas contratuais. “Consideramos, além das quedas de receita já explicadas, que a expectativa do mercado é que haja mais queda de passageiros ao longo do ano, por conta da crise econômica; que, após a licitação, houve implantação de um novo sistema de transporte de passageiros, visando medidas de melhor atendimento aos usuários, o que acarretaram em aporte considerável de recursos financeiros; e que a inflação tem atingido todos os itens que compõem a planilha de custos de operação, como salários, combustível, chassi/carroçaria e pneus, entre outros”, prosseguiu Paulo Afonso.