Cidades
VR adota programa de gerenciamento de perdas d’água
Projeto-piloto será desenvolvido entre Santa Rita e Santa Cruz
17/01/2022 17:57:11A prefeitura de Volta Redonda assinou, na tarde desta segunda-feira (17), um convênio que vai possibilitar a implantação do Programa de Gerenciamento de Perdas em Sistemas de Distribuição de Água. A iniciativa é desenvolvida pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Águas e Saneamento Ambiental (CDTASA) do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap). A ação conta com parceria da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevap).
A assinatura do convênio contou com a presença do prefeito Antônio Franciusco Neto; do diretor-presidente da Agevap, André Luís de Paula Marques; do diretor-presidente do Saae, Paulo Cézar de Souza, o PC; e dos vereadores Edson Quinto (PL) e Vair Duré (PSC). O convênio é fruto de uma indicação de Quinto, protocolada na Câmara em setembro do ano passado.
A partir deste convênio, o município receberá um projeto-piloto de gerenciamento e controle de perdas em sistemas de abastecimento de água. Sensores serão instalados na rede de distribuição para o acompanhamento dos dados produzidos. A área escolhida para desenvolver o projeto foi entre os bairros Santa Rita e Santa Cruz.
PERDAS - Segundo o diretor-presidente do Saae, hoje o maior problema do saneamento básico no Brasil é com relação ao desperdício de água. Em Volta Redonda, a estimativa é que a perda de água potável gire em torno de 40%. “A perda de água tem diversas vertentes: vazamentos invisíveis, os visíveis, os furtos de água e as que chamamos de perdas de processo - usada durante o tratamento de água. Através dessa tecnologia que estamos implementando em Volta Redonda vamos fazer o monitoramento das pressões na rede de distribuição e ao detectar mudanças, vai ser possível a identificação de vazamentos e outros problemas de forma rápida, diminuindo as perdas”, disse PC.
De acordo com o diretor-presidente da Agevap, as perdas no sistema de abastecimento de água ocorrem em todo o país. “É algo que não era para ser normal, mas infelizmente acontece e muito. Uma média nacional de perda de água potável é de 37%. Ou seja, a cada 100 litros de água captada, 37 litros não chegam oficialmente a ninguém. Então a ideia é implantar programas para reduzir essas perdas. Este é um projeto inovador porque usa inteligência artificial. A gente vai monitorar com objetivo de chegar a uma redução de 15% nas perdas durante um período de um ano”, comentou. (Foto: Cris Oliveira / Divulgação)