Volta Redonda vai enfrentar esta semana, especialmente nesta segunda-feira (17) e na terça (18), temperaturas extremas geradas pela onda de calor que atinge o Sudeste do Brasil. As projeções dos serviços de meteorologia apontam que, nos próximos dois dias, os termômetros poderão chegar à casa dos 41ºC na cidade, atingido novos recordes de calor neste ano de 2025.

Segundo o site Climatempo, especializado em meteorologia, as temperaturas continuarão elevadas pelo menos até o dia 27 deste mês, o que é natural durante o verão, mas o calor está bem acima da média história. O Sudeste está enfrentando um forte bloqueio atmosférico, que dificulta a formação de nuvens de chuva: nesta semana, a probabilidade de chover é baixa, contribuindo para a expansão do calor.

Aulas mais curtas – Na última sexta-feira (14), com base nas previsões, a prefeitura de Angra dos Reis decidiu reduzir o período de aulas nas escolas municipais que não são climatizadas. De acordo com o que ficou decidido, a medida poderá ser estendida para a semana seguinte se o panorama não mudar.

Neste domingo (16), no Rio, o prefeito Eduardo Paes deu entrevista no Centro de Operações, quando falou que a capital fluminense pode chegar ao nível de calor 4 (NC4) de calor na segunda e terça. Ele recomendou as pessoas se hidratem, passem protetor solar e evitem exposição desnecessária ao sol. Desde o ano passado, o Rio adotou uma escala de 5 níveis de calor. Seria a primeira vez da cidade no nível 4.

Segundo ele, se a cidade entrar em NC4, pontos de resfriamento serão abertos à população, como as Naves do Conhecimento e postos de saúde.

O que são – Ondas de calor são períodos prolongados de temperaturas extremamente altas, geralmente acima da média histórica de determinada região. Elas são causadas por sistemas de alta pressão que bloqueiam a formação de nuvens e impedem o resfriamento do ar.

A ONU (Organização das Nações Unidas) diz que atividades humanas, como a emissão de gases de efeito estufa, têm contribuído para o aumento das temperaturas globais, tornando as ondas de calor mais comuns e perigosas. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), é praticamente certo que as temperaturas extremas aumentaram em frequência e intensidade desde a década de 1950.

O impacto disso é sentido na saúde pública, na economia e no meio ambiente, com riscos de incêndios florestais, queda na produtividade agrícola e sobrecarga nos sistemas de energia. (Foto de leitor / Arquivo)