Um grupo de trabalhadores da CSN realizou, na manhã desta terça-feira (5), uma paralisação no setor de manutenção da Usina Presidente Vargas (GMC), numa manifestação que reforça a falta de credibilidade da atual direção do Sindicato dos Metalúrgicos e até mesmo daqueles que se dizem líderes de oposição. O ato teria sido espontâneo e reuniu entre 40 e 50 trabalhadores do turno que se encerrou às 15 horas. Eles estão cobrando propostas para o pagamento da PPR (Participação nos Lucros e Resultados) e também para o acordo coletivo de trabalho.

Nos dois últimos anos – 2020 e 2021 – não houve reajuste para os empregados da empresa. O motivo alegado foi a pandemia do novo coronavírus. A data base da categoria é 1º de maio. A expectativa é que a siderúrgica apresente ainda esta semana uma proposta da PPR, antes da negociação do acordo salarial.

O movimento em Volta Redonda ocorre três dias depois de trabalhadores da mineradora da CSN em Congonhas (MG) fazerem um protesto por reajuste salarial. A diferença é que, na cidade mineira, o movimento foi liderado pelo Metabase, que representa a categoria.

As manifestações veem sendo turbinadas após a divulgação do lucro recorde do grupo CSN no ano passado, quando o lucro atribuído aos acionistas mais que triplicou, saltando para R$ 13,6 bilhões.

Procurada, a CSN não se manifestou até o momento desta publicação.