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Cidades

CSN contesta denúncia do MPF por laudo assinado por médica veterinária

14/10/2025 15:34:44

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informou nesta terça-feira (14) que contestou a denúncia criminal oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) relacionada ao pátio de beneficiamento de escória no bairro Volta Grande, em Volta Redonda. A empresa aponta que o único laudo técnico que fundamenta a acusação foi elaborado por uma profissional com formação em Medicina Veterinária, embora trate de temas de engenharia e geologia. A empresa argumenta que o documento fere a legislação profissional (Lei nº 5.194/66 – CONFEA) e evidencia a “fragilidade técnica dos fundamentos da denúncia”.

Segundo a companhia, a mesma Procuradoria da República que, há quatro anos, conduz negociações para um Termo de Acordo Judicial (TAJ) sobre o mesmo tema — tendo inclusive solicitado a suspensão da Ação Civil Pública para viabilizar o entendimento — optou, “de forma inesperada”, por oferecer a denúncia criminal.

Ainda de acordo com a CSN, durante o período em que o processo esteve suspenso, mais de dez estudos técnicos e análises independentes foram realizados por laboratórios e consultorias especializadas, muitos deles escolhidos por sorteio. “Esses relatórios, assinados por engenheiros e geólogos com doutorado, atestaram que o agregado siderúrgico estocado não é perigoso nem tóxico, não apresenta risco de contaminação do Rio Paraíba do Sul ou da atmosfera e não oferece risco de desabamento”, salienta a companhia.

Os estudos, prossegue a CSN, foram analisados e validados por órgãos como o Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (SPPA) do próprio MPF. Houve, segundo a CSN, consenso técnico entre os entes envolvidos — MPF, MPE, INEA, CSN e Harsco Metals — em torno de uma proposta de redução gradual das pilhas em 14 anos, conforme minuta enviada pelo próprio Ministério Público Federal.

A empresa reforça ainda que o local não se trata de um aterro, mas de um pátio de beneficiamento de coprodutos siderúrgicos, cujo material é processado e reaproveitado em obras de infraestrutura, pavimentação, lastro ferroviário e agricultura, como corretivo de solo ambientalmente seguro, reconhecido pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).  A CSN afirma manter “total disposição em colaborar com transparência junto às autoridades, confiando no devido processo legal e na ciência como base de suas ações”.

O FOCO REGIONAL entrou em contato com a assessoria do MPF sobre as alegações da companhia. Se houver manifestação, a resposta será publicada. (Foto: Divulgação)

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