Estado
Operação apura entrada de drogas e celulares em presídios do RJ
Ação conjunta da Polícia Civil e da Seap busca 16 alvos na capital e Baixada
17/06/2025 09:42:01Uma ação conjunta da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) está sendo realizada, nesta terça-feira (17), cumprindo mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa que utilizava "quentinhas" para entregar drogas, celulares e outros ilícitos em presídios do Rio. Os agentes atuam em endereços no Centro, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Jacarepaguá, Bangu e Ilha do Governador, na capital, além de Duque de Caxias e São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
A operação teve como base um relatório da inteligência da Seap, elaborado após a apreensão de drogas, celulares e outros itens no Presídio Nelson Hungria (Bangu 7), em 16 de setembro de 2023. Além do cumprimento de mandados, a ação visa obter outras informações sobre o esquema criminoso, a fim de fortalecer as investigações, identificar os envolvidos e rastrear o destino dos valores durante as operações criminosas. A operação investiga 16 alvos, com cumprimento de mandados de busca e apreensão em 31 endereços.
Na ação de setembro de 2023, o motorista de uma van de entrega foi preso, no interior de Bangu 7, transportando "quentinhas" adulteradas. Foram apreendidos no interior do veículo 20 kg de drogas, entre maconha e cocaína, 71 telefones celulares, 19 chips para telefone celular, 96 carregadores de telefone celular, 96 fones de ouvido e três balanças de precisão. Além do motorista, dois agentes da Seap também foram presos por terem facilitado a entrada dos bens.
Segundo o apurado, os criminosos aliciavam pessoas na empresa que fornecia as marmitas para que não colocassem os lacres corretos na van, deixando-os com o motorista. Depois, o veículo, que deveria seguir diretamente para o presídio, desviava a rota e parava em estabelecimentos para realizar a troca de marmitas boas por adulteradas. O lacre correto era colocado e a van seguia para o seu destino. Nos presídios, policiais penais que estavam em conluio com o esquema criminoso facilitavam a entrada, não realizando as vistorias devidas, permitindo que as quentinhas chegassem até os presos. (Foto: Divulgação)