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Polícia

Mulher é presa em Volta Redonda por extorsão a dentista

24/01/2025 18:58:39

A Polícia Civil de Volta Redonda prendeu uma mulher de 59 anos acusada de extorquir, por um período de dois meses, um dentista de 54, se fazendo passar por promotora de Justiça. Dizendo ser mãe de um delegado de Polícia Federal – ela tem um filho sim, mas é taxista –, ela inventou que na casa de praia do dentista, em Paraty, teriam sido encontrados 40 quilos de cocaína.

A partir daí, passou a exigir R$ 500 mil para supostamente pagar advogados para que o dentista e a mãe dele – em nome de quem estava o imóvel – não fossem presos. Para providenciar o dinheiro, o dentista – que tem consultórios em Volta Redonda e Barra Mansa – chegou a vender a casa em Paraty por R$ 120 mil, quando o valor da residência é avaliado em R$ 300 mil.

A mulher foi presa no início da tarde da quinta-feira (23) por policiais civis coordenados pelos delegados Vinícius Coutinho e o adjunto José Carlos Pereira Neto. Irmãos do dentista denunciaram o caso à polícia depois de, estranhando o comportamento e a falta de contato – ele chegou a suspender atendimentos nos consultórios –, foram à casa dele, no Laranjal. A suspeita se encontrava no imóvel e tentou fugir de táxi, mas foi presa em flagrante quando chegava ao bairro Santa Cruz.

O começo – O delegado Neto contou ao FOCO REGIONAL  que o dentista e a mulher se conheceram através de uma rede social e iniciaram um relacionamento amoroso. Ela já se apresentava como promotora da Justiça e mãe de um delegado da PF.

“A extorsão começou quando ele disse que tinha a casa em Paraty. Ela inventou sobre a apreensão de drogas e exigia dinheiro para pagar advogados para que ele e a mãe não fossem presos”, disse o delegado. De acordo com Neto, os R$ 120 mil que um vizinho pagou pelo imóvel foram transferidos para a conta da suspeita no mesmo dia em que o comprador fez o pagamento. Deste total, a Polícia Civil apurou que ainda restam R$ 70 mil no banco e pediu à Justiça o bloqueio.

Também de acordo com o delegado adjunto, durante todo o tempo a mulher permaneceu junto ao dentista, inclusive dormindo na residência para não permitir que ele fizesse contato com outras pessoas. Chegou, inclusive, a destruir o celular dele. “Ele não falou com ninguém o que estava passando, porque estava sob o temor imposto por ela”, detalhou o delegado, explicando que a presa vai responder por extorsão mediante a restrição da liberdade, situação semelhante a cárcere privado, que se configurou através de grave ameaça psicológica. No depoimento que prestou à polícia, a vítima se mostrou extremamente envergonhada por ter caído no golpe.

De acordo também com a polícia, a mulher agiu sozinha e não é a primeira vez que pratica este tipo de golpe, mas arte então não tinha sido presa. Segundo foi levantado, em 2003, no Paraná, onde morou, ela agiu de forma semelhante, como se fosse delegada de Polícia Civil. Já em 2022, em Resende, há um registro de outro golpe em que ela teria, mais uma vez, se apresentado como promotora de Justiça.

Nesta sexta-feira (24), mais uma pessoa compareceu à delegacia de Volta Redonda dizendo que também foi vítima da mesma mulher. O delegado Neto pediu que ela reúna comprovações que, se confirmadas, serão acrescentadas ao inquérito já em andamento. (Imagem: Polícia Civil)

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