Economia
Juíza proíbe que empregados sejam impedidos de entrar ou sair da CSN
Empresa aponta riscos de acidentes com greves de ocupação
12/04/2022 21:02:22A juíza da 2ª Vara do Trabalho de Volta Redonda, Monique da Silva Caldeira Kozlowski de Paula, em decisão tomada nesta terça-feira (12), determinou aos líderes do movimento de oposição ao Sindicato dos Metalúrgicos, Edimar Miguel Pereira Leite, e o advogado Tarcísio Xavier Filho, que se abstenham da prática de atos que inviabilizem a entrada e saída de funcionários da Companhia Siderúrgica Nacional na Usina Presidente Vargas (UPV), bem como de empregados de empresas que prestam serviços à siderúrgica. A ordem judicial determina ainda que os dois citados se abstenham da prática de atos que resultem em ameaça ou dano à propriedade (da CSN) ou à pessoa (funcionários).
A decisão da magistrada foi tomada numa ação de interdito proibitório apresentada pela CSN, tendo como terceiro interessado o Sindicato dos Metalúrgicos. O interdito proibitório é um mecanismo de defesa utilizado para impedir que agressões iminentes à posse de alguém se concretizem. Monique de Paula fixou multa de R$ 5 mil por infrações.
Riscos – Em sua manifestação à juíza, a CSN apontou greves de ocupação que estão ocorrendo no interior da UPV, principalmente na Superintendência de Oficinas Mecânicas (SOM), gerando riscos à operação da empresa e, mais ainda, de acidentes – que podem desarticular por completo todo o planejamento de segurança em caso de uma emergência. A companhia alertou que desenvolve uma atividade de alto risco e que greves no interior da fábrica podem provocar acidentes com reflexos graves inclusive para a cidade.
A CSN citou ainda que a greve de ocupação atrapalha as pessoas que querem trabalhar e que estariam sendo impedidas pelo movimento paralelo liderado pela oposição metalúrgica neste momento de campanha salarial. Outro fator considerado grave pela empresa seriam mensagens em um aplicativo falando em sabotagem a equipamentos da siderúrgica e ameaças sofridas por gerentes e supervisores.
A empresa, inclusive, juntou ao processo uma notícia-crime porque teria sido publicado num grupo de rede social uma espécie de manual ensinando como se fabricar um coquetel molotov. (Foto: FOCO REGIONAL / Arquivo)
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