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Estado

Jornalista dos EUA se acidenta em Paraty e se surpreende por não ter de pagar por nada

05/07/2025 09:32:53

O jornalista Terrence McCoy, do The Washington Post, exaltou o Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil após se acidentar em Paraty, onde recebeu todos os atendimentos necessários sem não precisar desembolsar qualquer valor – algo impensável nos Estados Unidos. McCoy precisou ser socorrido depois que uma porta de ferro se desprendeu e caiu com todo o peso sobre ele, que ficou tonto e desmaiou, já com o corpo todo ensanguentado. O jornalista foi atendido no Hospital Municipal Hugo Miranda, em Paraty, durante uma viagem de férias com a mulher e o filho.

No dia 29 de junho, ele publicou um relato sobre o caso no site do jornal. “Afastei-me cambaleando e agarrei a cabeça, só me dando conta do quanto estava ferido quando puxei a mão e vi que estava coberta de sangue. Caí no chão, gritei por minha esposa e, subitamente tonto, ouvi vozes abafadas começando a gritar para alguém chamar uma ambulância. Mesmo depois de seis anos no Brasil como chefe da sucursal do The Washington Post no Rio de Janeiro, confesso que um dos meus primeiros pensamentos foi teimosamente americano. Da obscuridade, surgiu com uma clareza repentina: Quanto isso vai me custar? Seis horas depois, após uma viagem de ambulância, tomografia computadorizada, raio-X do crânio e seis pontos na cabeça, tive minha resposta: US$ 0 [zero dólar]”, detalhou o repórter.

Em seis anos no Rio, o jornalista estava acostumado a usar a rede privada. Daí a surpresa dele com o SUS. E, enquanto elogia e celebra o sistema de saúde brasileiro, critica a realidade do serviço oferecido em seu país.

“Em um momento em que a assistência médica continua sendo uma das questões mais controversas em Washington, minha admissão inesperada em um hospital público brasileiro serviu como uma espécie de aprendizado sobre um sistema fundamentalmente diferente”, opinou. “A saúde é um direito básico no Brasil, consagrado na Constituição. Cada um dos seus 215 milhões de cidadãos, além dos 2 milhões de residentes estrangeiros, tem direito a atendimento gratuito naquele que se tornou o maior sistema público de saúde do mundo”, acrescentou.

McCoy, porém, mostra que a visão que tem do sistema não é cega. Ele reconhece os desafios da realidade do SUS. “O SUS está longe de ser perfeito. Pacientes esperam em longas filas por atendimento especializado. Legisladores o deixam subfinanciado. Trabalhadores entram em greve rotineiramente. O sistema ficou sobrecarregado durante os piores dias da pandemia do coronavírus e os hospitais começaram a recusar pacientes, gerando cenas de desespero em todo o país”.

Com informações do Extra. (Foto: Reprodução)

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