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Frio extremo nos EUA: Engenheiro de VR experimenta inverno rigoroso

Atividades na empresa onde ele trabalha foram suspensas por 5 dias

26/02/2021 12:00:19

Dizem que voltarredondense está em todo lugar e não poderia ser diferente quando o assunto é nevasca dos Estados Unidos. É o caso de Mauro Madsen Barbosa, engenheiro mecânico com 39 anos de idade, e ex-morador do bairro Voldac, em Volta Redonda. Há um ano ele reside com sua a mulher e a filha na cidade de Ardmore, no Oklahoma, a cerca de uma hora de Dallas, capital do Texas, principal estado atingido pelas extremas frentes frias no continente norte-americano.

Mauro contou um pouco do que tem passado nos EUA, principalmente porque a região onde ele vive não se destaca pelo frio, o que demonstra realmente ser um inverno fora do costume. “Por estarmos no inverno as temperaturas variam de 0 a -8 graus, normalmente. Porém, na semana passada tivemos uma exceção devido a frente fria que veio do Ártico e fomos surpreendidos com uma forte nevasca e temperaturas negativas severas que chegaram a -22C. Temperatura essa atípica dessa região sul do país americano, onde as temperaturas são mais quentes que no norte”, relata.

O frio insuportável não atinge somente o prazer de se fazer um passeio na rua ou mesmo ao shopping. Ataca também a economia, pois o medo da falta de alimentos mexe com o hábito dos moradores locais. “As pessoas não saíam de suas casas. Os supermercados, no dia 14 deste mês, um domingo, já estavam com as prateleiras praticamente vazias, pois já havíamos sido alertados pela meteorologia que haveria uma severa massa polar de frio e que uma forte nevasca iria atingir a região do Texas e Oklahoma. A camada de neve que se formou chegou a mais de 20cm”, afirma.

Outro grande problema foram as tubulações de água congeladas, deixando muitas pessoas sem água e sem luz, por conta de cabos danificados pelas baixíssimas temperaturas: “É um padrão americano todas as casas terem aquecedores. Como todos estavam em suas casas devido às condições do frio, a demanda por energia elétrica foi muito grande. Não faltou energia em minha casa, porém vários lugares ficaram sem luz, devido a essa demanda e o despreparo das empresas de energia para atender o grande consumo de energia. Em alguns lugares, as companhias de eletricidade faziam racionamento, desligando a energia por um tempo, religando novamente e assim sucessivamente”, explica Mauro.

A falta de energia em algumas regiões dos EUA é um problema muito grave em dias extremamente frios. É a eletricidade que alimenta a maioria dos lares quando o assunto é aquecimento do lar. Há relatos de incêndios e asfixia dentro das casas em razão da falta de energia elétrica, onde o morador tenta se aquecer com lareiras.

Muitas empresas chegaram a paralisar os trabalhos por conta da fortíssima onda de inverno, como é o caso da firma onde trabalha o engenheiro de Volta Redonda: “No meu emprego, parou a produção no dia 15 e só retornou no dia 20, devido ao congelamento das tubulações e risco de dirigir nas estradas cobertas por neve”, afirma. (Reportagem: José Roberto Paiva / Fotos: Arquivo pessoal)

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