Internacional
Facção criminosa reivindica atentado que matou candidato à presidência
Fernando Villavivencio foi morto a 11 dias do pleito
10/08/2023 10:43:59A facção criminosa Los Lobos, a segunda maior do Equador, reivindicou o assassinato do candidato à presidência do país, Fernando Villavicencio, na noite da quarta-feira (9). Em vídeo divulgado nas redes sociais, o grupo criminoso assume a autoria do crime e ainda fez ameaça a outros políticos, como o presidenciável e economista Jan Topic. Nas imagens, é possível observar vários homens encapuzados e armados.
Seis suspeitos foram presos por possível envolvimento no assassinato. Não se sabe, ainda, se eles pertencem ao grupo.
O assassinato de Fernando Villavicencio, jornalista e ex-deputado, aconteceu apenas a 11 dias das eleições, marcadas para o próximo dia. Além dele, outros sete candidatos disputam o cargo, que atualmente é ocupado por Guillermo Lasso.
As eleições presidenciais no Equador foram antecipadas em maio, após Lasso convocar uma cláusula da Constituição e dissolver a Assembleia Nacional.
O país enfrenta uma grave crise política. Lasso chegou a ser alvo de uma tentativa de impeachment. Ele optou por não disputar as eleições novamente e disse ao jornal "The Washington Post" que não se importava com quem seria seu sucessor.
Além de Villavicencio entraram na disputa Yaku Pérez, líder indígena; Daniel Noboa, ex-deputado; Luisa González, ex-deputada; Jan Topic, economista; Otto Sonnenholzner, ex-vice-presidente; Bolívar Armijos, advogado, e Xavier Hervas, empresário.
Uma pesquisa de intenção de votos feita pela ClickReport, entre 4 e 6 de agosto, mostrava uma disputa embolada pelo segundo lugar. Enquanto isso, a candidata Luisa González, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, apareceu na liderança isolada. Fernando Villavicencio estava em quarto. (Foto: Reprodução)