Especiais
Escrever num diário como prática de meditação: como fazer da forma correta
30/06/2021 13:55:15Quando pensam em meditação, muitas pessoas imaginam um cenário idílico, em que alguém dotado de extrema calma e tranquilidade se encontra sentado num tapete de ioga, com olhos cerrados, pernas cruzadas e mãos sobre os joelhos. Mas na realidade, a prática da meditação pode ser completamente diferente.
Para quem não tem muita paciência para ficar sentado de olhos fechados, uma boa alternativa de meditação, por exemplo, é o ato de escrever num diário. Essa prática é especialmente benéfica para aqueles que têm dificuldades em manter uma mente silenciosa e, como consequência, acabam frustrados ao tentar meditar na clássica posição de lótus.
Na meditação por meio do diário, em vez de tentar (por vezes na base da força) se desvencilhar dos pensamentos que surgem em sua mente, o praticante deve simplesmente escrever no papel tudo que passar por sua cabeça. O resultado pode ser desordenado e confuso às vezes, mas isso faz parte do processo.
Foco no presente
Um dos grandes problemas que as pessoas encontram ao tentar meditar por meio da escrita é a distração causada por elementos irrelevantes do ambiente ao seu redor. Notificações no celular, chamadas no telefone, ruídos na vizinhança. Tudo isso pode tirar sua atenção da prática.
Para resolver essa questão, o praticante deve apenas aceitar a distração momentânea, caracterizá-la como um “pensamento passageiro” e voltar sua concentração para a escrita. É normal que a mente divague vez ou outra. O importante é saber como reconhecer a divagação e retornar seu foco ao presente.
A alma da escrita
Outro desafio que muitos enfrentam se dá com o chamado “bloqueio criativo”, uma condição na qual as ideias parecem não fluir e a escrita se torna impossível. Diante desse cenário, a melhor estratégia é dar uma pausa na atividade e voltar a ela com uma perspectiva mais subjetiva que objetiva.
O problema aqui é normalmente o excesso de julgamento racional por parte do praticante. Preso numa interminável análise dos fatos, ele perde a capacidade de discorrer sobre seus sentimentos e fazer reflexões profundas sobre seu estado de espírito. Na escrita meditativa, assim como em toda forma de meditação, o sentir é mais relevante que o raciocinar.
Plataformas para escrever
Uma questão aparentemente banal, mas que pode ser um obstáculo para muitas pessoas em sua jornada meditativa é a falta de um lugar para escrever seus pensamentos. Não raro, elas não se sentem confortáveis em colocar suas palavras num caderno físico, com medo de que alguém possa descobri-lo e ler suas confissões.
Uma alternativa ao tradicional diário em papel são as plataformas virtuais de diário, nas quais os praticantes podem escrever tudo o que desejarem com maior segurança e privacidade. É apenas recomendável que se tenha cuidado ao usar tais ferramentas em redes pouco seguras, afinal isso pode acabar expondo seus relatos a terceiros.
Para corrigir esse problema, uma boa medida é fazer uso de uma rede virtual privada (VPN). No mercado, os usuários podem encontrar vários provedores de VPN Brasil, as quais oferecem uma conexão à internet com alto grau de privacidade e preços bastante acessíveis.
Respiração é a chave
Antes de iniciar seu processo de escrita meditativa, é fundamental fazer uma preparação de relaxamento. Concentrar-se em sua respiração por alguns instantes irá permitir que sua mente ganhe foco e seu corpo se relaxe.
Fazer alguns exercícios simples respiração no começo da meditação ajuda também a desacelerar seus pensamentos e criar um terreno fértil para a escrita. Além disso, como eles agem relaxando e trazendo foco à sua mente, tais exercícios podem ser repetidos no meio da prática, em momentos de distração ou “bloqueio criativo”.
Ter uma rotina é importante
Criar e manter uma rotina é um passo fundamental da prática da escrita meditativa. Quando se tem o “dever” de escrever com certa regularidade, o cérebro se adapta a esse costume e já não oferece tanta resistência perante as primeiras palavras. Assim, escrever se torna mais “fácil”.
Outra vantagem de se conservar o hábito é que com ele floresce também a autodisciplina e determinação do praticante, o que acaba, por conseguinte, por impulsionar sua autoconfiança e motivação.
Ao seguir esses conselhos, por fim, qualquer um pode aderir à prática e, com o tempo, colher os maravilhosos frutos que ela proporciona.