As cidades de Olinda e Paulista, na Grande Recife, em Pernambuco, decidiram proibir a venda de armas de gel. A medida foi tomada pelo risco que a brincadeira com as réplicas de armas pode causar: as balas disparadas podem atingir os olhos e causar graves ferimentos, afetando seriamente a visão. Segundo a Fundação Altino Ventura, hospital de referência no atendimento oftalmológico em Pernambuco, entre os dias 30 de novembro e 11 de dezembro 68 pessoas ficaram feridas.

As armas têm como munição bolinhas que, quando são vendidas, são pequenas e rígidas, pois estão desidratadas. Quando são colocadas na água, elas expandem dezenas de vezes. Isso ocorre porque são feitas de poliacrilato de sódio, material utilizado, por exemplo, em fraldas descartáveis para bebês. Nas armas de gel, viram munição.

Ao atingirem os olhos, as balas de gel podem causar danos severos à visão. Entre os problemas relatados, estão dor ocular, baixa visão, inflamações, lesões na córnea, arranhões e sangramento interno.

Em Paulista, a Câmara Municipal aprovou projeto de lei do prefeito Yves Ribeiro (PT) proibindo a fabricação, comercialização e distribuição desse tipo de arma na cidade. Os estabelecimentos que venderem o produto podem ter até o alvará de funcionamento cassado. Também haverá uma campanha educativa a respeito das armas em gel.

Em Olinda, o Professor Lupércio (PSD) assinou o decreto um decreto proibindo o uso das armas de gel na cidade. A medida também determina diversas sanções, como advertências, suspensão de alvarás de funcionamento e multas para as lojas que disponibilizarem os artefatos. O decreto se baseou em uma lei estadual que proíbe a fabricação, venda e comercialização de brinquedos que se assemelhem a armas de verdade.

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