Cultura
Atriz Elizangela morre aos 68 anos
Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória
03/11/2023 19:17:46A atriz Elizangela morreu nesta sexta-feira (3), vítima de uma parada cardiorrespiratória. Ela tinha 68 anos. A morte ocorreu em Guapimirim. A artista fez sucesso na TV Globo com sua participação em diversas novelas na emissora. Seu último trabalho na emissora aconteceu em 2019, na novela “A Dona Do Pedaço”.
A prefeitura municipal de Guapimirim informou que a atriz deu entrada no Hospital Municipal José Rabello de Mello com uma parada cardiorrespiratória após ser atendida por socorristas do Samu. Os profissionais de saúde tentaram reanimá-la tanto durante o transporte, como na unidade hospitalar, mas não obtiveram êxito.
“A Prefeitura Municipal de Guapimirim, lamenta a morte da consagrada atriz. Esta é a segunda vez que o sistema de saúde do município atendeu Elizangela. Na primeira, Elizangela deu entrada na unidade com graves problemas respiratórios, e depois de algumas semanas, teve alta da unidade”, informou em comunicado.
No ano passado, Elizangela foi internada na mesma cidade por complicações causadas pela Covid-19. De acordo com o Hospital Municipal José Rabello de Mello, na ocasião, a artista chegou passando muito mal e quase teve que ser intubada. Segundo divulgada pela prefeitura de Guapimirim, a atriz se mostrou radicalmente contra a vacinação e não tomou nenhuma dose do imunizante contra o vírus.
Carreira – Elizangela do Amaral Vergueiro nasceu em 11 de dezembro de 1954, no Rio de Janeiro, filha do executivo Emílio do Amaral Vergueiro e da dona de casa Rosalinda da Mata Resende Vergueiro. Começou a trabalhar como atriz aos 7 anos de idade, na TV Excelsior, fazendo comerciais ao vivo. Descoberta por um produtor da emissora, foi chamada para estrelar o programa de entrevistas “A Outra Face do Artista”, também ao vivo.
No mesmo canal, participou ainda do telejornal vespertino “Jornal Infantil Excelsior” e do programa de variedades “Futurama”, todas atrações ao vivo. Aos 10 anos, apresentava o programa de auditório “Essa Gente Inocente”, atração com crianças exibida horário nobre.
Em 1966, Elizangela saiu da Excelsior e foi trabalhar na Globo, onde o diretor Renato Pacote a convidou para fazer um teste de locução com Geraldo Casé. Depois de aprovada, foi escalada para ser assistente de Pietro Mario, em “Capitão Furacão”, que tinha estreado em 1965, sendo o primeiro programa infantil da Globo. Nele, a atriz-mirim ajudava na apresentação ao vivo, na função de líder da equipe de grumetes.
Pouco depois, começou também como apresentadora de outro programa de variedades, “Show da Cidade”, ao lado dos jornalistas Edna Savaget e Guima (José Antônio de Lima Guimarães), sem deixar o Capitão Furacão, que vinha imediatamente antes na grade de programação.
Em 1969, Elizangela ainda trabalhava no “Capitão Furacão” quando foi chamada para fazer o longa-metragem “Quelé do Pajeú”, com direção de Anselmo Duarte. No ano seguinte, estrelou outro filme, “O Enterro da Cafetina”, adaptado de diferentes histórias de Marcos Rey. Em 1971, teve seu terceiro papel no cinema: em “Vale do Canaã”, baseado em um conto de Graça Aranha.
Aos 15 anos, ao mesmo tempo em que ganhava experiência com interpretações no teatro, foi convidada para trabalhar em sua primeira novela: “O Cafona”, de Bráulio Pedroso. A partir daí a carreira da artista deslanchou ainda mais. Ela participou de diversas produções da emissora, principalmente novelas. Reportagem do G1. (Foto: Divulgação)