O vereador Marcelo Cabeleireiro (PT), de Barra Mansa, anunciou que vai entrar, nesta terça-feira, com uma ação popular pedindo liminar visando à agilização por parte dos órgãos públicos – prefeitura de Barra Mansa, Defesa Civil e Departamento de Recursos Minerais do estado - na emissão do laudo técnico apontando as causa do deslizamento de terra na Avenida Orlando Brandão, no Ano Bom, que ocasionou o desabamento de três prédios e provocou a interdição de outros dois, que estão em situação de risco.

O anúncio foi feito durante reunião dos vereadores com os afetados pela tragédia, na Câmara de Barra Mansa, na tarde desta segunda-feira, quando foi definida também a formação de uma comissão com cinco representantes dos moradores e três vereadores: José Maurício (PT), Marcelo e Leiteiro (PSDB), para apurar os fatos. Nesta terça, às 14 horas, a comissão se encontrará com o prefeito Zé Renato, enquanto uma outra, acompanhada da deputada estadual Inês Pandeló (PT), do presidente da Câmara de Barra Mansa, Baianinho (PV) e Marcelo Cabeleireiro se reunirá, na quarta-feira, no Rio, com o vice-governador Luiz Fernando Pezão.

Durante o encontro, Maria Célia de Sampaio Dias, dona do restaurante Petisco & Cia, que funcionava havia 22 anos num dos imóveis atingidos,, desabafou. “Queria que meu prédio estivesse de pé. Não tenho onde morar e meus funcionários estão desempregados. Consegui tirar pequenas coisas antes do prédio vir abaixo. Perdi muita coisa”, ressaltou a comerciante, que chorou.

Segundo a assessoria do vereador petista, os moradores relataram à prefeitura o constante vazamento de água nos imóveis e na rua. Segundo eles, em outubro do ano passado técnicos da Defesa Civil estiveram no local e teriam emitido laudo dizendo que não havia qualquer anormalidade, mas os vazamentos continuaram. Os próprios moradores é que teriam tomado a iniciativa de desocupar os imóveis e interditar a rua.

Nesta segunda-feira, a prefeitura de Barra Mansa informou, em nota, que geólogos continuam avaliando a situação no local. A prefeitura, no entanto, não menciona nada a respeito das possíveis causa da movimentação de terra que levou os prédios a desabarem.