Internacional
Venezuela ameaça deixar de enviar petróleo aos Estados Unidos
06/02/2015 08:49:21A Venezuela advertiu hoje que vai deixar de enviar petróleo para os Estados Unidos, caso Washington ""tente algo"" contra Caracas. Há três dias, a Venezuela acusou os norte-americanos de atentarem ""contra o diálogo de respeito mútuo"", ao anunciar novas sanções contra funcionários venezuelanos.
""Estamos na disposição de entregar a nossa vida, se for necessário, para defender esta revolução (…) nem uma gota de petróleo se tentarem algo contra a Venezuela"", disse o presidente da Assembleia Nacional. Diosdado Cabello falou no estado de Anzoátegui, a 320 quilômetros a leste de Caracas, durante concentração de militantes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Por outro lado, ele acusou a oposição venezuelana de ter uma agenda violenta e de ser tão má que não é capaz de fazer o seu trabalho. Têm de ser os norte-americanos a fazê-lo"", disse. ""Não caiamos em chantagem. Um chavista pode ficar incomodado, mas jamais irá votar na direita"", acrescentou Diosdado Cabello.
Os Estados Unidos anunciaram, na segunda-feira, novas sanções (suspensão de vistos) contra antigos e atuais funcionários do governo venezuelano, acusando-os de serem ""responsáveis ou cúmplices"" por violações dos direitos humanos na Venezuela.
""Estamos enviando uma mensagem muito clara, que os violadores de direitos humanos, os que se beneficiam com a corrupção e os seus parentes não são bem-vindos nos Estados Unidos"", anunciou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.
Segundo ela, ""ao ignorar os repetidos apelos para a mudança, o governo venezuelano continua a demonstrar falta de respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais"".
Washington acusa Caracas de tentar ""sufocar a dissidência"", reprimindo manifestantes que protestam pela deterioração da situação política, econômica e de segurança no país.
Em julho, o governo dos EUA já tinha imposto restrições na concessão de vistos a 24 dirigentes venezuelanos, supostamente envolvidos em violações de direitos humanos e na repressão de protestos de grupos opositores a Maduro. As informações são da Agência Brasil.
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