Cidades
Morte de Patrícia Acioli derruba comandante da PM
29/09/2011 16:45:39Dois dias depois da prisão do tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, comandante de batalhão acusado de ser o mentor do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em 11 de agosto, o comandante-geral da Polícia Militar do Rio, coronel Mário Sérgio Duarte, deixou o cargo, no fim da noite passada. Em nota, a Secretaria de Segurança informou que ele enviou uma carta ao secretário José Mariano Beltrame, reconhecendo "o equívoco" de ter nomeado o tenente-coronel para o 7º batalhão de Polícia Militar,
Na carta com o pedido de exoneração, enviada a Beltrame pelo BlackBerry do hospital onde está internado, se recuperando de uma cirurgia na próstata, Mário Sérgio disse estar "ciente do desgaste institucional decorrente de sua escolha". A exoneração, pedida, segundo a nota da secretaria, "em caráter irrevogável", aconteceu um dia depois de Beltrame ter afirmado, em entrevista coletiva, que Mário Sérgio gozava de sua "plena confiança".
Ainda segundo o texto, o secretário lamentou a saída do oficial, que tem 52 anos e foi comandante do Bope, a tropa de elite da Polícia Militar no Rio. Segundo fontes da PM, o coronel Mário Sérgio pediu demissão ao constatar que sua permanência no cargo tornou-se insustentável e que ele poderia ser exonerado. Na nota a secretaria não informa que sem será o novo comandante geral da PM.
A passagem de Mário Sérgio Duarte pelo comando da Polícia Militar no Rio foi marcada por fatos que mancharam a imagem da instituição. Os três piores foram o assassinato da juíza Patrícia Acioli, a morte do menino Juan, de 11 anos, atingido a tiros durante uma ação da PM na Favela Danon,