Polícia
Marinha apura morte de mergulhador em Angra
11/09/2012 16:54:35A Marinha instaurou inquérito para apurar a morte do engenheiro carioca Geraldo César Roxo Monarca, de 58 anos, em Angra dos Reis, no fim de semana. O corpo foi encontrado nesta segunda-feira a 18 metros de profundidade, próximo a Ilha dos Búzios, depois de mais de 20 horas de buscas pela Capitania dos Portos, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.
Geraldo fazia pesca submarina na região, em companhia do filho e do cunhado quando desapareceu. Segundo a Marinha, o laudo sobre as causas do acidente deverá ser concluído em até 90 dias.
A Polícia Civil também instaurou inquérito para investigar a causa da morte do engenheiro, que morava no Jardim Botânico, no Rio. Inspetores da Polícia Civil estiveram em oficinas de Angra para investigar se algum mecânico teria recebido hélices danificadas para conserto. O delegado titular Francisco Benitez acredita que o engenheiro tenha sido atingido pela hélice de uma embarcação. Segundo ele, Geraldo praticava pesca submarina no sábado numa área com tráfego intenso de lanchas, devido ao feriado prolongado.
De acordo com Francisco Benitez, o filho e o cunhado do engenheiro estão traumatizados e ainda não foram ouvidos. O delegado explicou que apenas um irmão da vítima, que não estava na mesma embarcação que o menino e o tio, prestou depoimento. No dia do acidente, Geraldo, o cunhado e o filho mergulharam juntos, mas a vítima – que tinha mais experiência – se afastou dos dois para chegar numa área mais profunda.
Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Angra dos Reis, tenente-coronel Hernani da Mota Leal, que ajudou nas buscas, o corpo tinha ferimentos na cabeça e coxa esquerda. O mergulhador usava uma roupa camuflada para chegar mais próximo aos peixes, além de um cinto contendo chumbo, que serve para dar equilíbrio aos mergulhadores. Sua arma de caça também foi encontrada na superfície.
Geraldo sofreu traumatismo crânio-encefálico, segundo laudo do Instituto Médico-Legal (IML). O delegado responsável pelas investigações apura ainda se o mergulhador teria sinalizado o local onde faria a pesca submarina ou se estava em uma área destinada ao trânsito de lanchas.
Geraldo frequentava Angra desde pequeno e tinha uma casa na cidade. Ele trabalhou no projeto de vários condomínios e do maior shopping de Angra.