Nacional
Grevistas param trânsito da Esplanada dos Ministérios
18/07/2012 16:52:46Servidores federais em greve fizeram nesta quarta-feira uma manifestação na Esplanada dos Ministérios. Eles saíram em passeata, que foi intitulada de "Chega de enrolação! Negocia, Dilma!" e organizada pelo Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais, composta por 33 associações sindicais. Segundo a Polícia Militar, mais de 10 mil pessoas integraram a marcha. Entoando gritos de guerra, carregando faixas e bandeiras e vestindo camisetas com mensagens de protesto, os manifestantes partiram da Catedral e marcharam para a Praça dos Três Poderes, seguindo depois, em passeata, até o Ministério do Planejamento. O trânsito nas seis faixas da Esplanada dos Ministérios, dos dois lados, foi fechado e teve que ser desviado para vias alternativas. O movimento contou com a participação de servidores da educação, saúde, agências reguladoras e outras instituições. Entre as principais reivindicações, estão o reajuste salarial e melhores condições de trabalho. “Essa manifestação é uma luta para a valorização dos servidores. Nos mobilizamos devido à intransigência do governo, que dá prioridade a outros gastos e não se importa com o serviço público. Até agora, só foi oferecida uma proposta à Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior [Andes]. As outras categorias ainda aguardam propostas. Vamos manter a paralisação até que haja uma negociação que satisfaça às nossas reivindicações", disse o dirigente nacional da Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), José Maria de Almeida. Estudantes de várias instituições também participaram da manifestação. “Nós aguardamos por uma resposta do governo sobre este protesto. Apoiamos a greve não só pelos professores, mas para que tenhamos melhor estrutura nas instituições de ensino e maior qualidade na educação”, disse Leonidas Canuto, de 17 anos. Segundo o professor da Universidade Federal do Espírito Santo, Mauro de Carvalho, a proposta oferecida pelo Ministério do Planejamento à Andes não atende às reivindicações pautadas pela categoria. “Viemos forçar o governo a fazer a negociação com os sindicatos, o que ele está se negando. A proposta oferecida pelo Planejamento para a Andes é baseada em aumento salarial. Já a pauta apresentada pelo sindicato é baseada na reestruturação da carreira dos docentes e em melhores condições de trabalho. Além disso, lutamos contra a expansão do ensino sem as condições adequadas", disse. |
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