Entidades representativas do ensino privado pediram ontem, o cancelamento do Enade, exame que avalia os universitários, após a Polícia Rodoviária Federal afirmar que achou provas sem lacre no início da semana numa caminhonete numa rodovia em Três Rios (RJ).

O requerimento foi protocolado ontem no Inep (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos), órgão responsável pela prova, pelo Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular e pelo sindicato das mantenedoras de SP.

Para as entidades, a "falta de manifestação do MEC" ( Ministério da Educação) sobre o caso "não só põe sob suspeita o sigilo da prova como também representa um risco para os alunos das instituições de ensino, considerando que estas serão avaliadas com base nesse processo potencialmente viciado".

O MEC afirmou que a data do Enade, 8 de novembro, está mantida e que "garante a segurança da prova principalmente depois da posição do Ministério Público de Petrópolis, segundo o qual não houve vazamento".

Após a localização das provas, o MEC informou, em nota, que os dois homens que faziam o transporte das provas são funcionários contratados pelo consórcio Consulplan (empresa responsável pela aplicação do Enade).

Além disso, disse que apenas 32 caixas estavam no veículo -sendo quatro com a prova ampliada-e todas lacradas, além de outras 28 caixas de folhas de respostas, também lacradas. "Foram abertas pelos policiais para confirmação do conteúdo. Tão logo esclarecida a ocorrência, as caixas foram novamente lacradas e dirigidas ao seu destino", afirmou.