A arquiteta Denise de Abreu Manhães está vivendo um drama duplo desde que a terra deslizou no bairro Ano Bom, em Barra Mansa, há duas semanas. Por causa do incidente, a casa que ela estava construindo no alto do morro, na Rua Elias Geraidine, teve as obras interrompidas - e ela garante que não se trata de embargo, mas precaução.

Além disso, ela perdeu no último domingo o noivo José Luiz Ramos Júnior, advogado de 36 anos com quem iria se casar em breve e morar na casa que já está praticamente pronta. Denise não faz, porém, nenhuma relação à perda do futuro marido com os acontecimentos no Ano Bom. “Ele sofreu um problema intestinal. Embora a gente tenha se abalado com o que aconteceu, ele estava certo de que a nossa casa estava segura”, disse a arquiteta ao FOCO REGIONAL Online.

Ao reiterar que parou a obra enquanto espera uma solução para o terreno ao lado, ela frisou que a construção em nada interferiu no ocorrido. “Não temos uma vírgula de problema, inclusive, não há piscina na casa, conforme andaram dizendo e foi feito todo o sistema de drenagem das águas. Fiz a obra com toda cautela. Não acredito que tenha risco para a casa”, enfatizou.

Ela considera, porém, que é preciso começar a tomar providências no terreno onde houve o deslizamento. “Entendo a preocupação de não deixar a rua (Elias Geraidine) inteira descer, mas acho que alguma coisa precisa ser feita. Alguma quantidade de terra vai descer e isso será inevitável”, avaliou. Para Denise, um “conjunto de fatores” provocou a movimentação do bloco de terra que afetou os imóveis na Avenida Orlando Brandão. A exemplo dos moradores afetados, ela disse que a água começou a brotar na encosta e que isso precisa ser esclarecido.

A casa de Denise, vista de baixo da encosta que deslizou na Orlando Brandão

A casa fica na Rua Elias Geraidine, onde a arquiteta construiu para se casar