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por: Filipe Cury
Responsabilidade é do Vasco
04/12/2015 12:21
Um time inteiro é capaz de entregar um jogo? Improvável, mesmo que a torcida aprove. Além de antiético, a credibilidade da equipe perante a esta mesma torcida iria para o ralo.
Ainda mais em se tratando de uma partida que estará sendo transmitida pela TV, permitindo ao público do país inteiro perceber qualquer comportamento suspeito.
Portanto, esta discussão sobre como jogará o Fluminense no Orlando Scarpelli, contra o Figueirense, não pode ficar centrada numa possível manobra do tricolor para prejudicar o Vasco.
Vale ressaltar que a equipe catarinense tem a necessidade de conquistar os três pontos e, querendo ou não, mesmo com campanha dos torcedores do clube carioca incentivando um fracasso, eles irão com tudo para cima do time das Laranjeiras, já de férias e sem objetivos na competição.
Claro que uma série de perguntas surgem nestas circunstâncias. Mas é preciso separar: uma coisa é um time entrar em campo desinteressado. Outra é jogar para perder.
Duro mesmo é ver, à esta altura do campeonato, a torcida do Vasco da Gama, um dos maiores símbolos do esporte brasileiro, tão preocupada com o Fluminense, quando deveria estar concentrada apenas em seu time. É lamentável, mas o que ocorre agora é o resultado de erros, dentro e fora de campo.
O Vasco que vença o Coritiba. E que fique na torcida pelo Fluminense, mas sem transferir para o Tricolor a responsabilidade pela sua permanência ou não na Série A.
Lamentável
O narrador Cléber Machado e os comentaristas Caio Ribeiro e Walter Casagrande não fizeram o jogo Palmeiras x Santos no Allianz Parque, na noite de quarta-feira, onde o time da casa se sagrou campeão da Copa do Brasil. Torcedores do time alviverde cercaram o carro onde os profissionais estavam e, segundo testemunhas, quase viraram o veículo.
A equipe seguiu às pressas para o estúdio da Rede Globo localizado na Zona Sul de São Paulo e fez de lá a transmissão. Quem entrou ao vivo do estádio, no Jornal Nacional, foi o repórter Mauro Naves. Quem faz a passagem normalmente é o narrador. Uma coisa é não gostar da emissora, outra é tentar agredir seus funcionários.
A selvageria de torcedores parece não ter fim no futebol brasileiro. E fica tudo por isso mesmo. Até acontecer uma tragédia, claro. Futebol é para unir, não para afastar.
Eleição
Os representantes das chapas Branca, Azul e Verde, respectivamente Cacau Motta, Eduardo Bandeira de Mello e Wallim Vasconcelos, concorrem à presidência do Flamengo para o próximo triênio em eleição marcada para a próxima segunda-feira.
Seja qual for o vencedor – Bandeira está cotado para ser reeleito – a torcida espera, para 2016, um time digno das tradições do Flamengo.
Filipe Cury é estudante de jornalismo e faz estágio no FOCO REGIONAL. Sua coluna é publicada sempre às terças e sextas-feiras
E-mail: filipecury93@gmail.com