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Esporte
por: Filipe Cury
Burrice, não preconceito
05/01/2016 10:41
A selvageria dos torcedores parece não ter fim no futebol. Seja verbal ou física, qualquer agressão machuca. No último sábado, durante o empate com o Espanyol em 0 a 0, o alvo da vez foi o atacante Neymar, do Barcelona. Torcedores do time da casa imitaram sons de macacos para ofender o jogador.
Se já não bastasse jogar uma banana para Daniel Alves, em 2014, mais uma vez, alguns esqueceram a educação em casa e foram para o estádio manifestar intolerância racial. Vale ressaltar que esses são minoria, ainda bem, porque graças a Deus o mundo se conscientizou e evoluiu, sabendo que cor da pele não define caráter e nem qualidade.
No entanto, vale lembrar que este pequeno grupo propagador de ódio é o mesmo que esquece que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é negro. Que o maior velocista da história, Usain Bolt, é negro. Que Pelé, o maior jogador de futebol da história, é negro. Que os criadores do blues - estilo musical que deu origem ao rock - eram negros. E que outros vários e vários símbolos culturais do planeta são negros. Portanto, racismo não é preconceito, é burrice.
E fica por tudo isso mesmo, como sempre. Não vão aprender. Inclusive, devem achar engraçado por ganharem notoriedade. Entretanto, os racistas precisam ser responsabilizados por meio do clube do coração, o Espanyol, no caso. Este sim deve ser punido severamente, para este pequeno grupo compreender que está prejudicando a entidade.
O futebol é um esporte de todos e, desde seu início, tem um único e simples objetivo: unir. E aqueles que não pretendem seguir esta linha podem se afastar, pois não farão falta alguma.
Filipe Cury é estudante de jornalismo e faz estágio no FOCO REGIONAL. Sua coluna é publicada sempre às terças e sextas-feiras
E-mail: filipecury93@gmail.com