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por: Frederico Guimarães

O preconceito cega

13/11/2015 15:03


Infelizmente, em pleno ano de 2015, ainda é preciso falar de discriminação e preconceito, e agora, principalmente, nas Redes Sociais. Com o passar dos anos a internet se tornou um grande aliado do racismo, homofobia e vários outros tipos de preconceito, e com isso, o assunto passou a ser tratado ainda com mais destaque pela população mundial.

No ano passado, a organização não governamental (ONG) Safernet recebeu 86,5 mil denúncias no Brasil, de 17,3 mil páginas com conteúdo racista. Desse total, 11 mil (64,1%) estavam no Facebook. Muito sério isso.

Mais recentemente, no final outubro, a atriz e modelo Tais Araújo recebeu vários comentários racistas, e sofreu graves ofensas após postar uma foto em sua página no Facebook. Frases estas que não tenho nem coragem de reproduzir. Antes dela, Maria Júlia Coutinho, a Maju, apresentadora do tempo no Jornal Nacional, também sofreu graves ataques virtuais. Dois casos envolvendo celebridades que ganharam repercussão nacional. Agora imagine quantos outros casos como estes não acontecem no dia a dia? Citei acima famosos, mas, a todo o momento, isso acontece entre nós. Alguns amigos que acompanho nas redes sempre postam textos sobre o assunto e citam casos como estes em nossa região.  Pessoas estas que sofrem e muito com este tipo de tratamento. Lamentável.

Vale ressaltar que, quando digo preconceitos, não falo somente de racismo, que está no topo da lista, digo também respeito a homossexualismo, religião, comportamento social, entre vários outros.

Ano passado, após o resultado das eleições, foi possível notar grande discriminação com os moradores das regiões Norte e Nordeste do país. Foram milhares de registros que invadiram as redes sociais. Vi amigos terem atitudes que me deixaram boquiaberto. Jamais podia esperar tais palavras daquela pessoa. E tais gestos se repetiam cada vez mais e mais. Até mesmo políticos postavam em suas redes declarações ofensivas a estes estados. Tenho muitos bons amigos naquela terra e fiquei envergonhado com tais declarações, muito triste!

Pesquisando para concluir esta coluna, me perguntei: o que motiva o preconceito?  Teria uma lógica? Seria o preconceito uma doença? Existe uma cura? Ou podemos dizer que preconceito é uma herança cultural? Foram alguns questionamentos que me levaram a conversar com a minha prima, amiga e psicóloga Magna Carvalho.

Descobri que o motivo do preconceito é o medo do diferente, medo de ser influenciado e o medo das mudanças. “O Preconceito não tem lógica, existe uma questão de cultura, de crenças, onde estranhamos tudo aquilo que não nos é familiar. E se a pessoa tem dificuldade de aceitar tudo que é diferente, você tem uma tendência a rejeição. Aí a rejeição pode acontecer em diversos níveis, uns ficam no discurso de ódio e outros tendem a partir para a violência através de atos, ferindo ou planejando ações perversamente” ressaltou Magna.

O preconceito, no sentido estrito da palavra, é um conceito anterior, então isto significa que você tem uma opinião formada antes de ter contato com o objeto o qual está avaliando. Todos nós temos preconceitos, em níveis, e podemos lidar bem com eles, pois pode nos despertar a curiosidade ao invés de recusas. “O preconceito não é uma doença, a forma como você lida que é”, falou a psicóloga.

Nos atos acima citados, podemos notar comportamentos doentios, agressão verbal, de rejeição e a forma como as pessoas lidaram com aquilo. Como havia mencionado, não esperava tal atitude de um amigo. Ao invés de discriminação, o diferente deveria despertar sua curiosidade, e você deveria utilizar as mesmas ferramentas que usou para destilar seu preconceito para buscar informações úteis e relevantes, não ferir a integridade daquelas pessoas.

O medo do desconhecido pode ser bom, quando a curiosidade te move rumo a sabedoria, não á recusa, e na internet, as portas estão abertas para o conhecimento. O preconceito tem cura sim: a humildade e a tolerância. Temos que aceitar que as pessoas tem outro ponto de vista, o que é bom para humanidade, para a nossa evolução. Estas pessoas tem o direito de existir tanto quanto a nossa verdade, é claro que, desde que não cause sofrimento ou dor. Então, antes de discriminar, para, pense e vá buscar a informação.
Faça da internet uma ferramenta de crescimento pessoal e de evolução, use-a com sabedoria que você tem muito a ganhar com isso.

Veja você mesmo o que eu estou falando:
https://www.google.com.br/search?q=preconceito+na+internet&es_sm=93&biw=1920&bih=979&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAcQ_AUoAWoVChMIrK-y6LiNyQIVyo2QCh2JVgDD


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