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por: Fernando Pedrosa

Não podia ser sempre assim?

13/05/2016 10:23

Uma das reclamações mais comuns dos moradores de Volta Redonda é com a demora da prefeitura para tapar os buracos abertos pelo Saae para conter vazamentos de água e esgoto. Em geral, a desculpa é de que é preciso esperar alguns dias – que invariavelmente se transformam em semanas – para ver se o problema foi mesmo resolvido.

Poucas  Boas No podia ser sempre assim

Mas parece que não é bem assim. Na quinta-feira, o Saae consertou um vazamento detectado na Avenida Paulo de Frontin, bem em frente ao Palácio 17 de Julho, a sede do governo municipal. E, com a rapidez que não se vê em outros lugares, na manhã desta sexta funcionários de uma empresa já preparavam a correção do pavimento. Até um rolo compactador já estava a posto para a restauração do asfalto.

Não muito distante dali, depois vários dias de água vazando no cruzamento da Rua Simão da Cunha Gago com a Rua Jaime Pantaleão de Moraes, no mesmo Aterrado, o Saae fez o reparo. Já faz uma três semanas. E o piso continua exatamente do modo como foi deixado. Faz sentido?

Poucas  Boas No podia ser sempre assim

Só amenidades

Em sua entrevista semanal das quintas-feiras, na Rádio Sul Fluminense, o prefeito Antônio Francisco Neto confirmou a informação da coluna de que ele e o presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, não falaram sobre a eleição municipal na visita que o também presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) fez à cidade. Nem no almoço que ofereceu, em sua casa, a ele, ao deputado estadual Edson Albertassi e à pré-candidata do partido em Volta Redonda, a vereadora América Tereza.

- Podem duvidar, mas em momento algum conversamos sobre política – assegurou.

O prefeito voltou a dizer que ainda é cedo para decidir se apoiará o nome do partido ou se lançará alguém. E, como de hábito, fez elogios não só a Tereza, como a outros pré-candidatos, como o deputado estadual Nelson Gonçalves (PSD) e o vereador Washington Granato (PTC).

E, claro, não deixou de fora Sebastião Faria, diretor do Hospital São João Batista (“sou amigo do homem e profissional”) e o deputado federal Deley de Oliveira, do PTB (“Sou muito grato pelo trabalho que ele faz por Volta Redonda”).

Como a coluna informou esta semana, a decisão de Neto deve ficar para o fim deste mês, segundo pessoas próximas a ele.

Poucas  Boas No podia ser sempre assim

Afago

O prefeito também aproveitou a entrevista para agradecer os 14 vereadores que votaram pela aprovação de suas contas de 2012 – apesar de parecer contrário do Tribunal de Contas do Estado (TCE). De acordo com ele, as contas foram rejeitadas porque o órgão não aceitou o fato de Volta Redonda ter aproveitado um plano para financiar em 20 anos as dívidas do município.

- Boa parte das nossas contas foram rejeitadas porque o poder público teve o compromisso de financiar todas as dívidas de 1972 para cá. Todos os prefeitos deixaram dívidas. O Hospital São João Batista não pagava o INSS, hoje paga. O TCE não entendeu desta forma e rejeitou as contas – explicou.

Para Neto, o entendimento do TCE “muitas vezes é político”.

Crítica

“Já ouvi de uma pessoa que tem gente no TCE que não gosta de mim porque sou honesto”, afirmou o prefeito na mesma entrevista.

Lembrando que, nos últimos 20 anos, além de quatro mandatos de prefeito, foi secretário estadual de Fazenda, diretor da Receita estadual e presidente do Detran, Neto declarou ainda que, embora procure, a oposição nunca conseguiu “uma acusação de corrupção que manche” sua reputação.

Fernanjdo Pedrosa é editor do FOCO REGIONAL


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