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por: Fernando Pedrosa
O grande perdedor na região
07/10/2024 11:43
Mário Esteves (à direita), ao lado do candidato Dione do...Mário Esteves
Encerrada a eleição em todas as cidades da região, o fato está constatado: o prefeito Mario Esteves, de Barra do Piraí, sai como o grande derrotado no pleito. Caminhando para o fim do segundo mandato, apostou em seu ex-secretário Dione Barbosa, que acabou ficando em segundo, com 15.570 votos, tendo o delegado Antonio Furtado em seus calcanhares. Katia Miki teve 18 mil votos.
Carimbo
Para colocar peso na candidatura, o candidato do prefeito foi para as urnas com o nome de “Dione do Mário Esteves”. Isso, em tese, já deixa claro que o candidato parte sem identidade própria. Mas, ao associar seu nome à candidatura de Dione, o prefeito de Barra do Piraí, mais do que todos os outros que tentaram fazer seu sucessor, “disputou” a eleição como a sombra de Dione. E perdeu, mesmo com a máquina nas mãos.
Diogo Balieiro, prefeito de Resende, usou a mesma tática em Itatiaia. Lançou e elegeu Kaio do Diogo Balieiro. Ou seja: disputou a eleição local e levou. E, no extremo de Esteves, elegeu também seu sucessor em Resende, Tande Vieira.
Histórica
A vitória de Katia em Barra do Piraí é histórica porque se trata da primeira mulher eleita prefeita da cidade. Em se tratando de vereadora de primeiro mandato, o triunfo ganha ainda mais robustez.
Katia apostou no bairrismo dos moradores de Barra do Piraí. E deu certo.
Aperto
A eleição de prefeito mais disputada na região foi a de Porto Real. Jorge Serfiotis (MDB) foi reeleito com apenas 21 votos a mais o ex-prefeito Ailton Marques (PDT). Foram 7.461 votos para o atual prefeito, enquanto Ailton teve 7.440.
Bem antes do Tribunal Superior Eleitoral dar a eleição por definida, o pedetista mandou mensagem em um grupo de WhatsApp admitindo a derrota.
Passeio
Em Volta Redonda, pela segunda vez consecutiva, Antonio Francisco Neto (PP) passeou nas urnas. Sem adversários à altura, o mandatário teve uma campanha tão sossegada, mas tão sossegada, que duas vezes pôde ir à vizinha Barra Mansa pedir votos para Luiz Furlani, que foi eleito.
Gostou?
A pergunta feita por muitos eleitores durante a campanha em Volta Redonda: por que o ex-prefeito Samuca Silva resolveu sair candidato depois do vexame de 2020, quando estava disputando a reeleição e Neto ganhou também no primeiro turno?
É uma boa pergunta. Ainda que sejam disputas diferentes, Samuca – que concorreu sub judice – não foi além de 3.535 votos. Menos que os reeleitos vereadores Renan Cury (PP), que teve 5.059, e Raone Ferreira (PSB), escolhido por 4.474.
Fernando Pedrosa é editor do FOCO REGIONAL