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por: Fernando Pedrosa

Eleições em VR: 43 indeferidos

13/09/2016 20:07

 

Maior colégio eleitoral do Sul do estado do Rio, Volta Redonda tem, nesta terça-feira, 43 candidatos às eleições deste ano indeferidos pela Justiça Eleitoral. Entre eles, estão as professoras Isabel Fraga e Mônica Teixeira, respectivamente, candidatas a prefeita e vice do PSTU.

Os outros 41 são candidatos a uma das 21 cadeiras na Câmara de Vereadores. Na página do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 11 aparecerem como “indeferidos”. Os outros 32 (incluindo Isabel e Mônica), como “indeferidos com recurso”.

Como fica

Com o período de campanha mais curto, a Justiça Eleitoral decidiu que todos os que estiverem nestas situações (indeferido ou indeferido com recurso) vão aparecer na urna eletrônica. Entretanto, aqueles que não conseguirem regularizar o registro até o fechamento da lista para inclusão dos nomes nas urnas ficarão com sua votação sub-judice.

Ou seja: quando for impresso o boletim da urna, estes candidatos vão sair com a votação zerada, mas a Justiça Eleitoral terá em mãos o número de votos recebidos por eles.

Se obtiverem sucesso no recurso, os votos deixarão de ser considerados nulos e serão contabilizados.

Poucas & Boas: VR tem 43 candidatos indeferidos para eleções

Documentos

Renato Nora, chefe de cartório da 131ª Zona Eleitoral de Volta Redonda, responsável pelo registro de candidaturas, explicou à coluna que boa parte dos indeferimentos se deve à não prestação de contas de eleições anteriores, o que não permite ao candidato obter a quitação eleitoral.

- Mas há casos de indeferimentos por candidatos com menos de um ano de domicílio eleitoral e até mesmo por não apresentação de documentos básicos, como uma simples cópia da carteira de identidade – disse.

Complica

Os candidatos nesta situação podem ser um complicador para o partido atingir o quociente eleitoral – que se calcula dividindo o total de votos válidos pelo número de cadeiras (e que este ano está sendo estimado entre sete e oito mil votos). Afinal, o partido depende da votação de cada candidato para atingir o quociente.

Esquisita

Nenhuma eleição é igual à outra. Todavia, a deste ano está diferente demais. Seja pela decepção dos eleitores com a classe política frente a tantos escândalos nacionais, seja pelas novas regras, o fato é que até quem tem experiência de várias outras disputas por um cargo eletivo anda meio ressabiado – sobretudo quem concorre ao cargo de vereador.

Ninguém tem dimensão do volume eleitores que vão votar em branco ou anular o voto – a única certeza é que será um percentual expressivo.

Até mesmo na campanha para prefeito, a mais emocional de todas, a sensação que se tem nas ruas é de que a disputa ainda é solenemente ignorada pela maioria dos votantes. Eleição municipal, por enquanto, tem sido assunto restrito a quem está diretamente envolvido nela.

Erro

E vamos combinar: 30 dias de campanha (a lei fala em 45, mas os candidatos só puderam ir para as ruas depois de obter o CNPJ) em cidades pequenas, como Pinheiral, Quatis, Porto Real, vá lá. Mas para cidades do porte de Volta Redonda, Barra Mansa e Resende – isso pra não falar de metrópoles, como o Rio de Janeiro – é tempo curto demais.

Não é à toa o comentário ouvido pela coluna do assessor de um vereador, que explica bem a situação: “Dizem que político só aparece às vésperas de eleição. Este ano, o prazo está tão curto que nem na época da eleição vai dar pra aparecer pra todo mundo”.

FERNANDO PEDROSA é editor do FOCO REGIONAL

 

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