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por: Filipe Cury

Desempenho pífio

01/12/2015 11:22

O Campeonato Brasileiro termina no domingo e, infelizmente, com um gostinho amargo para os cariocas. Flamengo e Fluminense nadaram e morreram na praia. O Botafogo ganhou um título, mas foi o da Segunda Divisão, e, por incrível que pareça, acabou se sobressaindo perante os rivais por ganhar “alguma” coisa. Já o Vasco pode ser rebaixado para a Série B diante do Coritiba, no Couto Pereira, apesar da honrosa dedicação do time na reta final. Com isso, mais uma vez, corremos o risco de não contar com os quatro grandes novamente na elite.

Em um panorama totalmente contrário, as equipes de São Paulo disputam Libertadores, com o Corinthians se consagrando campeão brasileiro, Palmeiras e Santos brigando pelo título da Copa do Brasil e o São Paulo se mantendo no G-4. Mas por que a diferença de nível tão grande? Hoje, infelizmente, o Rio perde, e a maior comprovação disso são as estatísticas dos últimos dez anos estampando títulos gratificantes que nenhum jovem de 20 anos, torcedor de uma equipe carioca, viu. De 2005 para 2015, foram três Libertadores para clubes paulistas: São Paulo, Santos e Corinthians.

E isso são títulos. A última Libertadores do Flamengo foi quando o Zico encantava os rubro-negros com seus passes e gols, em 1981, seguida de um Intercontinental sobre o poderoso Liverpool. Em 2010, quando finalmente as coisas pareciam andar para a frente depois de um título brasileiro, Patrícia Amorim assume, Bruno é preso e o Galinho é demitido de forma humilhante do clube do coração. Sem contar com a fracassada contratação de Ronaldinho Gaúcho. Fundo do poço.

E quem imaginaria que dez anos depois da conquista da Libertadores o Gigante da Colina seria rebaixado pela primeira vez na história, seguida de mais uma queda em 2013, se aproximando da terceira neste ano? E o que o Botafogo pode mostrar além de ser um especialista em dificultar a vida dos rivais em campeonatos cariocas? O torcedor pode falar: "Mas nos anos 1960...". Calma lá, amigo. É pra frente que se anda.

O Fluminense talvez é o que tenha se destacado entre os time do Rio com dois Brasileiros em cinco anos, mas também não tem agradado nos últimos três e a paciência se esgotou.

E qual a razão desta diferença de primeiro e segundo mundos dos dois principais estados do Brasil? Por que um se sobressai enquanto outro despenca? Seria falta de planejamento? De dinheiro? Ou falta de estrutura? Má administração? Um pouco de tudo isso junto.

Se tornar autossuficiente, sem a criação de dívidas extravagantes, deixando o amadorismo de lado e se inspirando nos melhores que conseguiram dar volta por cima nos piores momentos já ajudaria muito. Essa dor de cotovelo, com provocações, precisa dar lugar às motivações e a união. Como dizia Roberto Bolaños, com o personagem Chapolin Colorado: "Sigam-me os bons".

E que venha 2016...

Filipe Cury é estudante de jornalismo e faz estágio no FOCO REGIONAL. Sua coluna é publicada sempre às terças e sextas-feiras

E-mail: filipecury93@gmail.com


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