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Esporte
por: Filipe Cury
Cedo para crise
19/02/2016 08:19
O time do Flamengo ainda está apático? Sim. Aos trancos e barrancos, conseguiu
vencer o América-MG pela Primeira Liga por 1 a 0. Guerrero foi vaiado e a mesma
timidez vista contra o Vasco, no domingo passado, se repetiu. Mas será que
ainda não é um pouco cedo para fazer qualquer julgamento definitivo?
O torcedor que compra o ingresso, definitivamente, não entende e às vezes chega a ser irracional. Não pensa a longo prazo e já quer a cabeça de técnico, atacante, presidente.
Então vamos experimentar mandar o Muricy embora e telefonar para Rogério Lourenço, Cuca ou Vanderlei Luxemburgo. Repetiremos a rotina de troca de técnicos que acontece a cada dois meses no Brasil. Faremos isso. Vamos cair no mesmo erro para chegar a lugar nenhum.
Ainda estamos em fevereiro, período de entrosamento de uma equipe praticamente “nova”, que precisa de um pouco de tempo para se adaptar. Qualquer mudança imediata nos planos, seja em termos de demissões, contratações ou mudanças táticas, jogaria o ano rubro-negro no lixo, já que o time está jogando de acordo com a meta planejada para os novos jogadores do elenco.
Cabeças podem, sim, rolar no fim do campeonato, se o profissionalismo exigido pelo técnico não for concretizado. Mas, para um time que ainda não tem nem um mês de experiência conjunta em campo, fica muito difícil afirmar qualquer coisa a respeito.
São apenas duas coisas certas até o momento: a de que o Sheik deveria falar menos e jogar mais, pois ele não é Romário, e a de que o zagueiro Juan é um dos mais lúcidos do time e vem calando os críticos de sua contratação por conta da idade. Mais certezas do que isso, somente aguardando o desempenho do time nas partidas. Se a corda realmente apertar, exijam mudanças. Mas agora, definitivamente, não é o momento para isso.
Filipe Cury é estudante de jornalismo e faz estágio no FOCO REGIONAL. Sua coluna é publicada sempre às terças e sextas-feiras
E-mail: filipecury93@gmail.com