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por: Filipe Cury

Catástrofe à vista

29/03/2016 09:42

O que atrai o torcedor ao estádio? Grandes jogadores ou ingresso a preço baixo? Um time que joga um futebol bonito, digno das tradições da história do seu clube do coração, ou o conforto que o local da partida proporciona?

A junção de tudo isso já seria bom. No entanto, não é essa a realidade que o nosso país enfrenta. Em tempos de dólar alto, inflação alta, demissões em massa, entre diversos outros fatores econômicos que não favorecem em nada o bolso do consumidor, muitos torcedores escolhem o simples e decidem assistir o time do coração em um bar com os amigos, onde pedem uma cerveja e uma porção de fritas, o que, no final acaba gastando em torno de R$ 20 a 30, menos do que o preço de um ingresso. E, talvez, com muito mais conforto do que num estádio, acaba sendo a melhor opção para o espectador. Se ele tiver TV por assinatura em casa, aí é que não desgruda nem a "porrete" do sofá.

A verdade é que para se deslocar aos gramados para ver muitos dos times do nosso país, como Flamengo, Botafogo, entre outros, jogarem, além da questão financeira, a pessoa precisa ser muito apaixonada para aguentar assistir um jogo pegado, sem técnica e de poucos gols, que é o resumo do futebol atual, onde poucos clubes se salvam e fazem um espetáculo "digno" do que realmente é o esporte.

No último sábado, Voltaço e Flamengo teve menos de três mil pagantes no Estádio Raulino de Oliveira e o resultado da partida já resume bem o que quero dizer.

Muitos pensam que o Muricy, Guardiola e Felipão ganham jogo, mas esquecem que a função deles é passar, por meio da noção tática e da inteligência, apenas a filosofia e um certo incentivo.

O que realmente vence está em campo, são os jogadores. Sem um bom time, fica difícil conquistar qualquer campeonato. Treinadores sem preparo algum já ganharam grandes competições “somente” com bons atletas. E, logicamente, o torcedor não vai lotar o estádio para assistir jogadores com bons empresários andarem em campo. Só se chegar à final da competição. Mas como chegar ao último jogo com atletas de nível mediano para baixo? Talvez com a sorte de enfrentar equipes tão fracas quanto.

Se nem no Carioca algumas dão conta e perdem para times com investimentos inferiores, imagina a catástrofe que será no Brasileiro e na Libertadores (se é que vai chegar)? Melhor nem pensar.

Filipe Cury é estudante de jornalismo e faz estágio no FOCO REGIONAL. Sua coluna é publicada sempre às terças e sextas-feiras

E-mail: filipecury93@gmail.com


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